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Comissão de Moradores de Santa Cruz de Benfica |
Comissão de Moradores da Damaia |
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email: geral@cril-segura.com |
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FECHO DO ÚLTIMO TROÇO DA CRIL
Bom exemplo do que não se deve fazer num Estado de Direito e da ineficácia da
Justiça
Este projecto, entretanto executado, viola de forma grosseira a Declaração de Impacte Ambiental com prejuízos
graves para a qualidade de vida das populações, em detrimento de um projecto alternativo mais seguro em termos
rodoviários e com muito menos impactes na população (a verde na imagem).
Esta solução agora executada veio de encontro às exigências manifestadas pelos mentores do projecto imobiliário
Falagueira / Venda-nova, promovido à data pela Câmara da Amadora, que exigia vários nós de entrada e saída,
nomeadamente o Nó da Damaia, que seria a ligação previligiada a essa urbanização.
Este projecto do Governo, foi uma das piores opções para a Área Metropolitana de Lisboa e para os cidadãos,
porque:
- Apresenta um traçado em serpentina, com raios de curvatura e inclinações excessivas, cheio de entradas e
saídas (nós e rotundas) a ligar a vias que não estão preparadas para tal, atravessando zonas consolidadas e
afectando a qualidade de vida de milhares de pessoas.
- Em termos de eficiência rodoviária, e tendo em conta o número elevado de veículos, é fácil perceber que esta
solução não veio resolver de forma eficiente os problemas de mobilidade da Área Metropolitana de Lisboa.
- Neste traçado aos SSS, com raios de curvatura extremamente apertados, a visibilidade disponível aos condutores
só garante a segurança até à velocidade de 50/70 Km/h, e com a necessidade de ser controlada por radares. Isto é
inadmissível numa estrada deste tipo onde estão previstos circular mais de cem mil veículos /dia.
Os congestionamentos nas entradas e saídas são inevitáveis. As vias de entradas e saídas (nós / rotundas) não
são as mais adequadas, indo contra as próprias normas das Infrastruturas de Portugal (Ex. IEP / JAE);
- As populações (mais de trinta mil pessoas), por onde passa este traçado, vêm a sua qualidade de vida
degradada, em consequência dos efeitos barreira/impactos visuais, elevados níveis de poluição do ar e ruído.
É uma vergonha para a Engenharia Nacional
[ veja este comentário de Fernando Nunes da Silva]
A SOLUÇÃO QUE SERVIA O INTERESSE PÚBLICO
(traçado a verde na imagem)
Nota: esta opção de traçado chegou a ser desenvolvida pelo Governo, mas ficou guardada na "gaveta".
. Traçado com grande extensão em túnel (até ao Nó da Falagueira), com uma ampla curva
atravessando os terrenos livres do Estado existentes na Falagueira, afastando a via das zonas consolidadas
(Pedralvas, Alfornelos...), apenas com um nó na zona da Falagueira (veja a imagem).
. Vantagens óbvias desta solução projectual:
- Eficiência rodoviária resolvendo alguns problemas de forma eficaz.
- Segurança rodoviária, evitando acidentes.
- Preservação da qualidade de vida de milhares de cidadãos e sem
impactes ambientais significativos.
- Eventuais menores custos construtivos com inerente salvaguarda do
erário público.
- Evitava a demolição de inúmeros edifícios.
- Evitava o pagamento de somas elevadas em termos de expropriações.
Nesta imagem percebe-se a razão lógica que impediu que o traçado alternativo para a CRIL (a verde) fosse
considerado. É que este traçado passaria nos terrenos livres (Falagueira, Quinta do Estado) onde pretendem
desenvolver esta mega urbanização, o que provavelmente prejudicaria os interesses imobiliários aí
envolvidos...
É lamentável que o Governo para salvaguardar interesses privados, tenha optado por uma solução que viola a
lei e compromete de forma irreversível a qualidade de vida de milhares de cidadãos.
Caricato, é de referir que, devido á crise de 2011, esse mega projecto imobiliário ficou (por ora) sem efeito.
[ ver projeto de urbanização Falagueira / Venda Nova ]
Troço da Cril na zona do Bairro Sta. Cruz / Damaia
Exemplo de um troço da Cril onde foi violada de forma grosseira a Declaração de
impacte Ambiental.
( clique nas imagens para as ampliar )
Em suma, o Governo optou por uma solução em clara violação da lei, em detrimento de outras opções do Interesse
Público. De referir que se a Justiça funcionasse, e perante os factos, tudo poderia ser evitado.
Em nome da legalidade e pelo respeito pela Constituição, tudo iremos fazer para que os responsáveis políticos que
apadrinharam esta solução, em claro incumprimento da lei, sejam responsabilizados politica e legalmente pelos seus
actos, nomeadamente, entre outros o então 1º Ministro José Sócrates, Ministro das obras Públicas Mário Lino e
Secretário das Obras Públicas Paulo Campos.
Não se deve admitir que a morosidade da Justiça, através de manobras delatórias, permita que se continue a branquear actos ilegais que prejudicam o Interesse Público e deixe ficar impunes quem os pratique.