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Comissão de Moradores de Santa Cruz de Benfica |
Comissão de Moradores da Damaia |
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email: geral@cril-segura.com |
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CRIL - Troço Nó da Buraca - Pontinha
VIOLAÇÕES E INVERDADES DO GOVERNO
É lamentável assistirmos a um Governo
de um País Democrático a violar (não cumprir)
as suas próprias Regras, desprezando as suas
Instituições, exemplo do Instituto do Ambiente,
e desrespeitando os Cidadãos.
Os responsáveis políticos deste Governo,
neste processo da CRIL estão a violar uma
série de normas e a passar para a opinião
pública um leque de inverdades:
1º Incumprimento e inverdade:
Vários responsáveis políticos deste Governo
afirmam que este último projecto para a conclusão
da CRIL cumpre a DIA (Declaração de Impacte Ambiental).
Não é verdade que "este projecto dê
cumprimento à DIA", uma vez que esta é violada de forma grosseira
logo no seu 1º ponto (veja-se DIA), que determina
de forma clara e sem condicionantes a construção
em túnel com 3 + 3 vias no troço entre o
Km 0+675 e o Km 1+700 (toda a zona que confina
com o Bairro de Santa Cruz e a Damaia). Ora
este projecto agora anunciado pelo Governo
vai contra esta determinação, pelo facto
de prever para este troço 4 + 4 vias e grande
parte a céu aberto (ver resposta do Presidente do Instituto
do Ambiente).
2ª Inverdade:
Os vários responsáveis políticos deste Governo
afirmam que "este projecto minimiza
os impactes sociais, acústicos, visuais,
paisagísticos..." (ver Portal do Governo - ponto 3).
Não é verdade que este projecto minimize
os impactes em relação ao projecto anterior. Prova disso mesmo é que, onde estava previsto
3 + 3 vias em túnel entre o 0+675 e o Km
1+700 (toda a zona que confina com o Bairro
de Santa Cruz e a Damaia), é agora proposto
4 + 4 vias, sendo grande parte delas a céu
aberto chegando a entrar dentro da propriedade
dos moradores.
3ª Inverdade:
Os vários responsáveis políticos deste Governo
afirmam que a introdução da 4ª via no troço
que confina com Santa Cruz de Benfica e a
Damaia " é para melhorar a segurança
e as condições de circulação" (ver Portal do Governo - ponto 6).
Não é verdade que a introdução desta 4ª via
seja por condições de segurança rodoviária
ou fluidez de trânsito.
Contrariamente ao que o Governo afirma, a
verdade é que a construção desta 4ª via é
para introduzir uma saída, completando o
Nó da Damaia. Com esta alteração projectual,
ao se passar de uma solução de 3+3 vias de
circulação em contínuo, para uma solução
com entradas e saídas, vem provacar graves
problemas de segurança rodoviária e fluidez
pela turbulencia que gera. Para piorar, acresce
que esta saída é feita numa zona de curva
e com condições de “luz / contra-luz”
e “seco / molhado” devido à parte
do túnel em céu aberto.
Um autêntico ponto negro rodoviário, do tamanho
da irresponsabilidade dos proponentes deste
projecto.
4ª Inverdade:
Os vários responsáveis políticos deste Governo
afirmam (incluindo os presidentes das Câmaras
de Lisboa, Amadora e Odivelas) que "este
é o melhor projecto possível".
Não é verdade que este seja o melhor projecto
possível (a menos que se estejam a referir aos proponentes
do mega Projecto Falagueira / Venda-Nova).
O melhor projecto possível, que é realmente
viável, e inclusive já foi estudado pelo
próprio Governo, é o traçado alternativo
ilustrado na 1ª imagem deste site.
5ª Inverdade:
Os vários responsáveis políticos deste Governo
afirmam que ouviram os Cidadãos e tiveram
em conta as suas preocupações.
É verdade que ouviram os Cidadãos, mas é
não é verdade que tenham tido em conta as
suas preocupações. Exemplo disso mesmo são as mais de mil
exposições entregues pela população em sede
de Consulta Pública, que não foram tidas
em conta.
A forma como o Governo anuncia este projecto
e o leva a Concurso Público, é exemplo de
défice democrático, e demonstrativo de total
desrespeito pelas Instituições (caso do Instituto
do Ambiente) e pelos Cidadãos. Uma autêntica "finta" à Democracia.
Joaquim Raposo em video do Governo
vende gato por lebre
Na tentativa de esconder o embuste que é
este projecto adjudicado para a conclusão
da CRIL, o Governo não se tem coibido de
produzir imagens distorcidas por foto montagem
e proferir declarações técnicas desprovidas
de verdade.
O ex-libris da "campanha de marketing"
foi a produção de um vídeo que está disponível
no site do MOPTC - Ministério das Obras Públicas,
no qual aparece o Sr. Joaquim Raposo, Presidente
da Câmara Municipal da Amadora, a afirmar
que o projecto para a Conclusão da CRIL é
feito em túnel entre o Nó da Buraca e a Estrada
dos Salgados.
Passamos a citar: "após a preensão do
Nó da Buraca, a CRIL desenvolve-se em túnel
até à Estrada dos Salgados".
veja vídeo " Adjudicação da Cril"
com estas declarações (minuto 2:23 a 2:45)
em http://www.moptc.pt/cs2.asp?idcat=1497#4430
Constate a dimensão desta inverdade no mapa
http://cril-segura.com/index.html#aerea_alt_3
Na imagem, poderá verificar a cizento as
zonas a céu aberto: o caso de Santa Cruz
/ Damaia (4 vias - 310m a céu aberto), Pedralvas
(11 vias - 400m a céu aberto).....entre outras.
Estas declarações confirmam a preocupação
do Governo em esconder a realidade dos Cidadãos,
e a incapacidade do poder político perante
as pressões dos interesses envolvidos no
projecto imobiliário Falagueira/Venda-Nova.
COMPROMISSOS NÃO HONRADOS
DESPREZO PELAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
(Exemplo do Nó da Damaia no traçado da CRIL)
Conscientes da necessidade
do fecho da CRIL, e da importância de se
fazer um projecto com qualidade, que resolva
de forma eficaz os problemas de mobilidade
existentes, temos vindo ao longo dos últimos
anos, a desenvolver esforços, no sentido
de sensibilizar o Governo, para que desenvolva
uma solução de traçado, que sirva realmente
o Interesse Público.
É indispensável que essa solução projectual tenha
como principal orientação aspectos
que consideramos fundamentais, tais como:
- a eficiência e Segurança Rodoviária.
- a minimização do impacte nas populações
e no Ambiente.
Infelizmente, até à data, os vários responsáveis
políticos, não nos deram ouvidos, optando
por um traçado que contraria de forma grosseira
aquilo que é o Interesse Público, condicionando
descaradamente uma obra de Interesse Nacional
aos interesses envolvidos numa mega-urbanização
(Falagueira / Venda-Nova).
Aquilo que deveria ser um traçado para servir
os Cidadãos e a Área Metropolitana de Lisboa,
tem vindo a transformar-se, aos poucos, numa
via de serventia (e valorização) das futuras
construções que se pretendem desenvolver
nos terrenos livres da Falagueira / Venda-Nova
(ver Projecto Falagueira/Venda-Nova).
Prova de tudo isto, é a introdução do Nó
da Damaia no traçado da CRIL.
Os moradores sabendo que a razão lhes assiste,
têm vindo a contestar o Nó da Damaia, "dando
os passos” que a Democracia recomenda,
exercendo o seu Direito de Cidadania:
1º. População local:
- Reuniões de moradores, manifestações públicas
e abaixo assinado entregue na Assembleia
da República com mais de 12000 assinaturas,
que demonstraram, de forma clara, a oposição
da população ao Nó da Damaia.
2º. Assembleia de Freguesia de Benfica:
- Vimos uma moção, subscrita por todos os partidos com assento
nesta Assembleia, a repudiar o Nó da Damaia.
3º. Assembleia Municipal de Lisboa:
- Vimos uma moção, subscrita pelo Dr. Dias Batista do PS,
votada por todos os partidos, sem nenhum
voto contra, a exigir também “a eliminação
do Nó da Damaia”.
4º. Altos responsáveis políticos, tomaram posição e deram garantias inequívocas
quanto à eliminação do Nó da Damaia:
- Dr. Santana Lopes (como Presidente da C.
M. Lisboa), e o Prof. Carmona Rodrigues (como
Vice-presidente da C. M. Lisboa), em declarações à imprensa, e na visita ao
Bairro de Santa Cruz de Benfica, garantiram
à população que não ia haver Nó da Damaia
(ver notícia do site da CML).
- Prof. Carmona Rodrigues (como Ministro das
Obras Públicas e como Presidente da C. M.
Lisboa), garantiu por várias vezes, através
da comunicação social, que “A CRIL
passará em túnel no Bairro de Santa Cruz,
onde não haverá qualquer nó, ou laço”...
com seis faixas de circulação” (ver notícia).
Quando da apresentação por parte do Governo
do projecto anterior, que ainda contemplava
“meio-nó” da Damaia, o Prof.
Carmona Rodrigues, afirmou através de um
programa televisivo que, se se confirmasse
ainda a existência do Nó da Damaia, se oporia
frontalmente (ver as declarações e vídeo).
Perante tudo isto, que demonstra que a razão
nos assiste, é lamentável verificarmos por
parte dos vários responsáveis políticos,
a negação dos seus compromissos pessoais
e políticos assumidos com a população, tanto
publicamente como em sede dos vários Órgãos
Autárquicos, através das várias moções.
Questionamos:
Que "valores mais altos se levantam”,
para assistirmos a este comportamento inadmissível
por parte dos responsáveis políticos deste
nosso País, que em nada dignifica o Estado,
nem a nossa Democracia?
- Para que serve o Direito de Cidadania e as
Consultas Públicas?
Se a opinião dos Cidadãos não é tida em conta.
- Para que servem os Orgãos Autárquicos?
Se as moções em sede de Junta de Freguesia
e Assembleia Municipal, subscritas e votadas
pelos partidos, nada valem, nem têm qualquer influência
no processo.
- O que valem as afirmações dos nossos políticos?
Se as expectativas e garantias criadas à
população, através das posições públicas
dos mais altos responsáveis políticos, nomeadamente
do Prof. Carmona Rodrigues, não têm verdade.
- Para que servem os Institutos Públicos?
Se os vários pareceres técnicos desfavoráveis,
nomeadamente os da Comissão Técnica do Instituto
do Ambiente, não foram tidos em devida conta.
- Para que serve a legislação?
Se as recomendações construtivas para este
tipo de vias e normas de segurança (instituídas
algumas pela própria JAE), não são por vezes
respeitadas pela Estradas de Portugal (EP).
Os factos são indesmentíveis:
ignoram-se as populações, tenta-se fazer
as coisas às escondidas, não se respeita
a Democracia.
Em resumo:
OS POLÍTICOS PROMETEM
OS INTERESSES GOVERNAM
Tudo iremos fazer, para não permitir que
os mais altos responsáveis deste País, nos
deixem entregues “áqueles”, que
apenas visam os seus interesses, com total
desprezo pela comunidade, comprometendo o
nosso Património e Qualidade de Vida, e hipotecando
o presente e o futuro dos nossos filhos.